"Amo como ama o amor.Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.Que queres que te diga,além de que te amo,se o que quero dizer -te é que te amo."
Fernando Pessoa

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

BIOLOGIA - O QUEBRA CABEÇA DE LUZIA

O QUEBRA – CABEÇA DE LUZIA
Sabemos que quando os primeiros portugueses chegaram à nossa terra, ela já era ocupada por diferentes povos indígenas. Mas será que esses grupos estiveram aqui desde sempre?Com certeza não. Então, de onde eles vieram?Há quanto tempo estão por aqui?
A maioria dos pesquisadores concorda que a América foi habitada inicialmente por populações que migraram do nordeste da Ásia, através do Estreito de Bering. Naquela época, o mundo passava por um período de estiramento global (glaciação), o que fez baixar o nível dos mares. Assim, havia uma faixa de terra ligando o continente asiático ao americano, no extremo norte. Essa "ponte" de terra seria o principal caminho de migração para o continente. Mas a possibilidade de migrações por mar não esta descartada, e cada vez mais pesquisadores levam em conta esta possibilidade.
A época em que se iniciou essa ocupação ainda é motivo de discussão. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a entrada em nosso continente teria ocorrido há cerca de 12.000 anos e que os primeiros sinais de presença humana seriam os vestígios de grupos caçadores de mamutes, que habitaram a América do Norte há cerca de 11.500 anos. Nos últimos 20 anos, porém, vários pesquisadores vêm sugerindo que a ocupação da América seria mais antiga, e apenas recentemente surgiram provas convincentes.
Uma peça desse quebra-cabeça foi recuperada na década de 70, em Minas Gerais. No município de Pedro Leopoldo, região de Lagoa Santa, um grupo de arqueológicos brasileiros e franceses encontrou partes de um esqueleto em uma gruta chamada Lapa Vermelha IV. As informações iniciais sugeriam que o esqueleto era de uma mulher de 20 e 25 anos de idade que viveu há milhões de anos. Os cientistas apelidaram o esqueleto de Luzia.
O pesquisador Walter Neves, da Universidade de São Paulo, descobriu que Luzia tinha vivido em Minas Gerais há 11.500 anos! Essa data, junto com outros vestígios de populações pré-históricas que teriam vivido há mais de 11.000 anos nas Américas do Sul e do Norte, revelou que o povoamento do nosso continente ocorreu antes do que se pensava.
Outra novidade foi a descoberta de que, ao contrário de diversas populações indígenas do continente, Luzia e seus colegas possuíam características físicas diferentes das demais populações de indígenas americanas, com face plana, olhos 'puxados", nariz pequeno - traços que teriam surgido nas populações do norte da Ásia.
Na verdade, as características físicas de Luzia aproximam-se de populações africanas e australianas. Mas isso não quer dizer que Luzia veio da África ou da Austrália. É provável que na época das migrações parte das populações asiáticas ainda possuísse muitas característica sem comum com as populações que migraram para a Austrália (por volta de 50.000 anos atrás) e com populações africanas, ancestrais de ambas.
Como se vê, Luzia trouxe novas respostas... Mas também novas perguntas! Será que as populações mongolóides a aquelas com os mesmos traços de Luzia se encontraram alguma vez? Será que houve mistura dessas populações? Há quanto tempo exatamente os ancestrais de Luzia cruzaram o Estreito de Bering? Com tantos enigmas, pode-se afirmar que o quebra-cabeça não se completou. Ainda há peças espalhadas por aí.

BIOLOGIA - EVOLUÇÃO X PROGRESSO

EVOLUÇÃO x PROGRESSO
A palavra “evolução” gerou um problema conceitual que persiste desde a época de Darwin, por ser associada à idéia de “progresso”. Darwin evitou esse tempo na primeira edição de A Origem das Espécies, referindo-se ao processo evolutivo como “descendência com modificação”. Ao contrário de seus contemporâneos, Darwin não interpretava a evolução como sinônimo de progresso. Se fosse assim, seres primitivos como os insetos não seriam os animais mais abundantes do planeta, muito bem-sucedidos na colonização dos mais variados ambientes, entre outros exemplos.
Quando o assunto é a evolução da espécie humana, a idéia de progresso torna-se a mais forte. O biólogo Stephen Jay Gould, estudioso da evolução no modelo darwinista, afirmou em um de seus textos que há “um desejo humano de nos vermos como o ponto alto da história da vida, governantes da terra por direito e por destino biológico”.
Na publicidade e nas caricaturas, é comum a utilização da imagem de evolução como uma seqüência de formas, que vão das mais simples até as mais sofisticadas, sugerindo uma evolução para o progresso. Por exemplo: Em uma ilha, vemos no canto esquerdo um chimpanzé, depois figuras de “homens da caverna” e, no canto direito, um homem com roupas de executivo. Podermos facilmente compreender que se trata de uma brincadeira com os conceitos evolutivos, mais é preciso cuidado, pois uma imagem pode ver mais que mil palavras.

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