"Amo como ama o amor.Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.Que queres que te diga,além de que te amo,se o que quero dizer -te é que te amo."
Fernando Pessoa

domingo, 10 de abril de 2011

ciclos biogeoquímicos 2

I-Introdução

Denominamos de ciclos biogeoquímicos ao movimento contínuo dos elementos químicos, do meio físico para os seres vivos e destes novamente para o meio físico. Assim sendo, os átomos dos elementos químicos presentes na natureza e nos seres vivos não são criados nem destruídos, mas constantemente reciclados.

II-Ciclo do Carbono

O carbono é um elemento químico muito importante, pois entra na composição química de todos os compostos orgânicos.
O carbono é encontrado na forma de dióxido de carbono(CO2) na atmosfera e de bicarbonato(HCO3) e de carbonato(CO3), dissolvido na água.
O dióxido de carbono(CO2) é incorporado pelos vegetais na fotossíntese e devolvido para a atmosfera através da respiração dos seres vivos , combustões(combustíveis fósseis) e pela decomposição dos seres mortos. Dois fenômenos são importantes no ciclo do carbono: a fotossíntese e a respiração.
O aumento gradativo do dióxido de carbono é um dos fatores associados ao efeito estufa da Terra, já que este gás retem calor, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta.

III-Ciclo do nitrôgenio

Cerca de 78% do ar atmosférico é de nitrogênio, na forma molecular(N2-gás). O nitrogênio está presente nos aminoácidos das proteínas, nas bases nitrogenadas dos ácidos nucléicos. No ciclo do nitrogênio participam bactérias, algas azuis(cianofíceas) e fungos.
a) bactérias e algas azuis fixadoras- transformam o nitrogênio(N2) em amônia(Nh2). As bactérias fixadoras(do gênero Rhizobium) vivem nos nódulos das raízes das leguminosas(feijão, soja, ervilha, amendoim,alfafa,etc), constituindo uma relação simbiôntica do tipo mutualismo.
b) bactérias decompositoras- transformam os resíduos nitrogenados orgânicos em amônia.
c) batérias nitrificantes- transformam a amônia em nitritos e posteriormente em nitratos.
d) bactérias desnitrificantes- transformam amônia e nitratos em nitrogênio molecular, devolvendo-o à atmosfera.
O nitrogênio sai dos animais quando morrem e são decompostos e através da excreção(peixes ósseos excretam amônia , peixes cartilaginosos e mamíferos ecretam uréia , aves e répteis excretam ácido úrico).

IV- Ciclo da água

O nosso planeta é constituído de 3/4 de água, sendo 97% de água salgada e 3% de água doce. As águas de superfícies evaporam, o vapor de água se condensa nas camadas da atmosfera, formam-se as nuvens e ocorrem as precipitações.
Nos vegetais, a água serve como elemento de sustentação para as plantas, além de ser um dos componentes da fotossíntese. Os vegetais perdem água através da transpiração(eliminação de vapor de água) e por gutação ou sudação(eliminação de água líquida).
Os animais obtem água alimentando-se e bebendo-a. Perdem diariamente, através da urina, fezes, suor e transpiração.

V- Ciclo do oxigênio

Cerca de 20% é a sua quantidade na atmosfera terrestre. É produzido pelos vegetais através da fotossíntese. O oxigênio é devolvido para o meio na forma de CO2 e h2O, pela respiração de animais e plantas. O oxigênio é importante para a respiração dos seres vivos, o gás comburente que permite as combustões e formador da camada de ozônio na atmosfera.
Fonte: www.isurp.com.br
Ciclos Biogeoquímicos

Ciclo do carbono

Ciclo do carbono
O carbono existente na atmosfera como CO2 entra na composição das moléculas orgânicas dos seres vivos, a partir da fotossíntese. Sua devolução ocorre pela respiração aeróbica, pela decomposição e pela combustão da matéria orgânica.

Ciclo do nitrogênio

O nitrogênio molecular,
O nitrogênio molecular, N2, é um gás biologicamente não-utilizável pela maioria dos seres vivos. Seu ingresso no mundo vivo ocorre graças à atividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amônia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amônia em nitritos e nitratos.
Essas três substâncias são utilizadas pelos vegetais para a elaboração de compostos orgânicos nitrogenados que serão aproveitados pelos animais. O ciclo fecha-se a partir da atividade de certas espécies de bactérias, que efetuam a denitrificação e devolvem o nitrogênio molecular para a atmosfera.
O plantio de leguminosas(feijão, por exemplo),a chamada adubação verde, enriquece o solo com compostos nitrogenados, uma vez que nas raízes dessas plantas há nódulos repletos de bactérias fixadoras de nitrogênio.
Outro procedimento agrícola usual é a rotação de culturas, na qual se alterna o plantio de não-leguminosas, que retiram do solo os nutrientes nitrogenados, com leguminosas que devolvem esses nutrientes para o meio.

Ciclo da água

Embora a água não seja um elemento químico, e sim uma substância composta de hidrogênio e oxigênio, estudaremos o seu ciclo pelo fato de ela estar intimamente associada a todos os processos metabólicos.
O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.

Pequeno ciclo

No pequeno ciclo, a água dos oceanos, lagos, rios, geleiras e mesmo a embebida no solo sofre evaporação pela ação do calor ambiental e passa à forma de vapor, dando origem às nuvens. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor d’água sofre condensação, e a água líquida volta à crosta terrestre na forma de chuva.
O ciclo das chuvas foi um dos responsáveis pelo resfriamento relativamente rápido da crosta terrestre, nos primórdios de nosso Planeta. Hoje, o ciclo das chuvas contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.

Grande ciclo

Grande ciclo
No grande ciclo, a água é absorvida pelos seres vivos e participa do metabolismo deles, sendo posteriormente devolvida para o ambiente.
As plantas absorvem, por meio de suas raízes, a água infiltrada no solo. Além de ser solvente e reagente de inúmeras reações químicas intracelulares, a água é uma das matérias-primas da fotossíntese: seus átomos de hidrogênio irão fazer parte da glicose fabricada, e seus átomos de oxigênio se unem para formar o O2 (gás oxigênio) liberado para a atmosfera. Na respiração, as plantas degradam as moléculas orgânicas que elas mesmas fabricam para obter energia, liberando gás carbônico e água.
As plantas estão sempre perdendo água por meio da transpiração, principalmente durante o dia, quando seus estômatos estão abertos. É por isso que o ar é úmido nas florestas e seco nos desertos e áreas desmatadas. Uma vez que absorvem água do solo e a liberam, como vapor, para atmosfera, as plantas contribuem para a manutenção de um grau de umidade do ar altamente favorável à vida.

Ciclo do carbono

O carbono presente nos seres vivos é, originalmente, proveniente da atmosfera. Por meio da fotossíntese, os seres fotossintetizantes fixam o carbono que retiram do CO2 atmosférico. Esses átomos de carbono passam a fazer parte das moléculas orgânicas fabricadas.
Durante a respiração, uma parte das moléculas orgânicas é degradada, e o carbono que as constituía é devolvido à atmosfera, novamente na forma de CO2. Parte do carbono retirado do ar passa a constituir a biomassa dos seres fotossintetizantes, podendo eventualmente ser transferida aos animais herbívoros.
Nos herbívoros, parte do carbono contido nas moléculas orgânicas dos alimentos é liberada durante a respiração, e o resto irá constituir sua biomassa, que poderá ser transferida para um carnívoro. Dessa forma, o carbono fixado pela fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro, enquanto retorna gradativamente à atmosfera, em conseqüência da respiração dos próprios organismos e da ação dos decompositores, que atuam em todos os níveis tróficos.

Combustíveis fósseis

Combustíveis fósseis
Algumas vezes, o retorno do carbono para a atmosfera é demorado, levando milhões de anos para ocorrer. É o caso dos compostos de carbono que não foram atacados pelos decompositores e transformaram-se, no subsolo, em carvão, turfa e petróleo.
A utilização desses combustíveis fósseis pelo homem tem restituído à atmosfera, na forma de CO2, átomos de carbono que ficaram fora de circulação durante milhões de anos.
Devido à queima de combustíveis, a concentração de gás carbônico no ar aumentou, nesses últimos 100 anos, de 0,029% para cerca de 0,04% da composição atmosférica. Embora pareça pouco, esse aumento é, em termos proporcionais, da ordem de 38%. De acordo com muitos cientistas, o aumento do teor de CO2 atmosférico pode provocar a elevação da temperatura média global por causa do efeito estufa.

Ciclo do oxigênio

Ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio é complexo, uma vez que esse elemento é utilizado e liberado pelos seres vivos em diferentes formas de combinação química. O principal reservatório de oxigênio para os seres vivos é a atmosfera, onde esse elemento se encontra na forma de gás oxigênio (O2) e de gás carbônico (CO2).
O O2 é utilizado na respiração aeróbica das plantas e animais. Nesse processo, átomos de oxigênio combinam-se com átomos de hidrogênio, formando moléculas de água. A água formada na respiração, chamada água metabólica é, em parte, eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma, seus átomos de oxigênio acabam incorporados à matéria orgânica e podem voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.
O CO2 atmosférico é utilizado no processo de fotossíntese. Os carbonos e os oxigenados presentes no gás carbônico passam a fazer parte da matéria orgânica do vegetal, e tanto a respiração como a decomposição dessa matéria orgânica restituirão o oxigênio à atmosfera, na forma de água e gás carbônico. A água utilizada pelas plantas na fotossíntese é quebrada, e seus átomos de oxigênio são liberados para a atmosfera na forma de O2.
As três principais fontes não-vivas de átomos de oxigênio para os seres vivos são, portanto, gás oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e água (h2O). Esses três tipos de molécula estão constantemente trocando átomos de oxigênio entre si, durante os processos metabólicos da biosfera.

Ciclo do fósforo

Ciclo do fósforo
Além da água, do carbono, do nitrogênio e do oxigênio, o fósforo também é importante para os seres vivos. Esse elemento faz parte, por exemplo, do material hereditário e das moléculas energéticas de ATP.
Em certos aspectos, o ciclo do fósforo é mais simples do que os ciclos do carbono e do nitrogênio, pois não existem muitos compostos gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera. Outra razão para a simplicidade do ciclo do fósforo é a existência de apenas um composto de fósforo realmente importante para os seres vivos: o íon fosfato.
As plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os fosfatos dissolvidos na água e no solo. Os animais obtêm fosfatos na água e no alimento.
A decomposição devolve o fósforo que fazia parte da matéria orgânica ao solo ou à água.
Daí, parte dele é arrastada pelas chuvas para os lagos e mares, onde acaba se incorporando às rochas. Nesse caso, o fósforo só retornará aos ecossistemas bem mais tarde, quando essas rochas se elevarem em conseqüência de processos geológicos e, na superfície, forem decompostas e transformadas em solo.
Assim, existem dois ciclos do fósforo que acontecem em escalas de tempo bem diferentes. Uma parte do elemento recicla-se localmente entre o solo, as plantas, consumidores e decompositores, em uma escala de tempo relativamente curta, que podemos chamar “ciclo de tempo ecológico”. Outra parte do fósforo ambiental sedimenta-se e é incorporada às rochas; seu ciclo envolve uma escala de tempo muito mais longa, que pode ser chamada “ciclo de tempo geológico”.
Fonte: www.linguativa.com.br

dicionário de química




Abaixo estão listados, em ordem alfabética, alguns termos utilizados no estudo da química e uma breve definição:

A

ACETILENO: também denominado ETINO (CH º CH). Gás facilmente inflamável, usado em solda oxi-acetilênica.
ACETONA: nome oficial propanona. É um líquido incolor, muito volátil, menos denso que a água e solúvel em água e álcool.
ACIDIFICAR: o mesmo que acidular. Tornar ácido. Adicionar composto ácido, diminuindo o pH para valores inferiores a sete.
ÁCIDO LÁCTICO: é um ácido propanóico que foi substituído um hidrogênio por um grupo hidroxila do carbono secundário, é produzido em seus músculos quando você faz exercício físico. Este ácido está também presente no leite azedo.
ADSTRINGENTE:substância que produz constrição, ou seja, que "amarra"a boca, como banana verde ou caju.
AEROSSOL: é um líquido ou sólido disperso num gás. Exemplos: neblina, nebulizador na terapia por umidificação e os frascos tipo "spray".
AGENTE DESIDRATANTE: remove a água de uma outra substância através de uma reação química chamada desidratação.
ÁGUA BRANDA: água predominantemente livre de íons cálcio (Ca+2) e íons magnésio (Mg+2).
ÁGUA DE HIDRATAÇÃO: água que é retida nos cristais de um composto.
ÁGUA DURA: água que contém os íons cálcio (Ca+2) e os íons magnésio (Mg+2).
solução.
ÁLCALI: Uma base solúvel em água, quando dissolvida produz íons OH- .
ALCANOS: compostos binários de carbono e hidrogênio de fórmula geral CnH2n+2, também denominados hidrocarbonetos saturados, por apresentar somente ligações simples entre seus átomos.
ALCENOS: Também denominados alquenos. Hidrocarbonetos insaturados por apresenta uma ligação dupla na molécula. Tem fórmula geral CnH2n.
ALCINOS: Também denominados alquinos. Hidrocarbonetos insaturados por apresentar uma ligação tripla na molécula. Tem fórmula geral CnH2n-2.
ALCADIENOS: Hidrocarbonetos insaturados que apresenta duas ligações duplas na sua molécula. Tem fórmula geral CnH2n-2.
ÁLCOOL: composto orgânico que contém o grupo hidroxila ou oxidrila (OH-) ligado a um carbono saturado.
ÁLCOOL 96 GRAUS GL: também chamado de álcool etílico hidratado, é uma mistura de 96% de etanol (álcool etílico) e 4% de água. Sendo uma mistura azeotrópica.
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO: este álcool é usado em solução aquosa a 70% como desinfetante para a pele e em produtos após barba. Ele age como adstringente, fazendo com que o tecido se contraia, endurecendo a pele e limitando as secreções.
ALDEÍDO: composto com um grupo funcional carbonila e de fórmula geral RCHO, onde o R é um átomo de hidrogênio, um grupo alquila ou um grupo arila.
ALÓTROPOS: formas de um mesmo elemento com diferentes estruturas moleculares ou cristalinas. Diamante e grafite são alótropos do carbono.
AMIDAS: a família das amidas entre compostos nitrogenados se forma pela combinação de uma amina com um ácido carboxílico. O nitrogênio, da amina, perde um átomo de hidrogênio e o ácido perde o grupo hidroxila, originando água.
AMINAS: são compostos orgânicos derivados da substituição de um ou mais átomos de hidrogênio na amônia (NH3) por grupos orgânicos alquilas ou arilas.
ANIDRO: descreve uma substância que perdeu sua água de cristalização.
ÂNION: íon com carga elétrica negativa.
ÂNODO: na eletroquímica corresponde ao eletrodo que sofre oxidação.
ANTIUMECTANTE: é a substância capaz de reduzir a absorção de umidade pelos alimentos.
AROMATIZANTE: tem como função realçar ou fornecer aroma e sabor aos alimentos.

B

BIOLUMINESCÊNCIA: é a emissão de luz (luminescência) produzida por um ser vivo (vaga-lume).

C

CARBOIDRATO: composto orgânico, tal como o açúcar, que contém somente os elementos C. H e º
CAFEÍNA: é uma molécula nitrogenada, um alcalóide,encontrada nos grãos de café e folhas de chá, é o estimulante do sistema nervoso central mais extensamente usado sem prescrição médica.
CALCÁRIO: é uma rocha sedimentar que é composta largamente por minerais de carbonato, especialmente carbonato de cálcio e magnésio.
CALCINAÇÃO: processo de aquecimento de corpos sólidos para provocar sua decomposição, mas sem oxidação pelo ar atmosférico. O calcário (carbonato de cálcio) ao ser calcinado transforma-se em cal viva (óxido de cálcio) e gás carbônico (dióxido de carbono).
CÁLCIO: símbolo Ca. Um elemento metálico cinzento e macio pertencente ao grupo 2. É usado como um absorvedor de gás, em sistemas aspiradores e como desoxidante na produção de ligas não ferrosas. Pode ser ainda utilizado como agente redutor na extração de metais como o tório, zircônio e urânio. O cálcio é um elemento essencial para os organismos vivos, sendo necessário para o seu crescimento e desenvolvimento.
CATALISADOR: uma substância que aumenta a rapidez de uma reação química, mas que aparece inalterada ao final da reação.
CÁTION: íon ou grupo com carga elétrica positiva.
CÁTODO: na eletroquímica corresponde ao eletrodo que sofre redução.
CÉLULA ELETROQUÍMICA: sistema que consiste em um eletrólito, dois eletrodos (cátodo e ânodo) e um circuito elétrico.
CERA: uma substância sólida ou semi-sólida. Existem dois tipos principais. As ceras minerais são misturas de hidrocarbonetos com pesos moleculares elevados. A cera de parafina, obtida do petróleo, é um exemplo. As ceras segregadas por plantas ou animais são principalmente ésteres de ácidos gordos e geralmente têm funções de proteção.
CETONA: compostos orgânicos que contêm o grupo fucional carbonila - CO - e fórmula geral R C O R', sendo R e R' grupos alquila ou arila.
CFC: abreviatura para clorofluorcarboneto, destroem a camada de ozônio.
CHAMA: uma mistura quente e luminosa de gases que estão queimando. A reação química numa chama são principalmente reações em cadeia de radicais livres e a luz provém da fluorescência de moléculas excitadas ou de íons ou ainda da incandescência de pequenas partículas (carbono).
CHUMBO TETRAETILA: um líquido incolor, Pb(C2H5)4, insolúvel em água, solúvel em benzeno, etanol, éter e petróleo. É usado em combustíveis para motores de combustão interna para aumentar o número de octanas e reduzir o ruído do motor. O uso do chumbo tetraetila em gasolina resulta na emissão de compostos de chumbo perigosos para a atmosfera.
CIMENTO: é qualquer das substâncias usadas para ligar ou fixar materiais duros. O cimento Portland é uma mistura de silicatos de cálcio e aluminatos produzido pelo aquecimento de calcário com argila num forno.
CNTP: abreviatura de Condições Normais de Temperatura e Pressão ( 0oC e 1 atm).
COLÓIDE: são sistemas no qual há duas ou mais fases, com uma (a fase dispersa) distribuída na outra (a fase dispersante). As partículas coloidais são maiores que aquelas encontradas em soluções, mas menores que as encontradas em suspensão.
COMBURENTE: nome dado à substância que é REDUZIDA em uma reação de combustão. No senso comum, é o oxigênio do ar atmosférico. O oxigênio é o principal comburente, porém temos casos isolados de combustões em que o comburente é o CLORO, o BROMO ou o ENXOFRE.
COMBUSTÍVEL: nome dado à substância que é OXIDADA em uma reação de combustão.No senso comum, é a substância que sofre queima quando em presença de oxigênio do ar. Exemplos: madeira, álcool, papel, derivados do petróleo, etc.
COMBUSTÃO: é uma reação química de oxidação-redução onde necessariamente temos a presença de um combustível e de um comburente, geralmente o oxigênio. Esta reação sempre libera energia calorífica e luminosa no espectro visível ou não.
COMBUSTÃO TOTAL: também chamada combustão completa, ocorre quando temos oxigênio em quantidade suficiente para reagir todo o combustível e liberar o máximo de energia possível.
COMBUSTÃO PARCIAL: também chamada combustão incompleta, ocorre quando a quantidade de oxigênio necessária não esta sendo utilizada, ou seja uma quantidade insuficiente e os produtos formados serão outros.
COMPOSTO BINÁRIO: composto formado somente por dois elementos.
COMPOSTO COVALENTE: sólido cristalino formado somente por ligações covalentes.São substâncias duras de altos pontos de fusão.
COMPOSTO IÔNICO: qualquer composto neutro formado por cátions e ânions que formam uma estrutura cristalina, chamada de reticulo cristalino.
COMPOSTO METÁLICO: qualquer composto formado por um tipo de metal ou por vários tipos de metais,unidos por ligações metálicas e formando um sólido cristalino.
COMPOSTO MOLECULAR: são compostos que só apresentam ligações covalentes entre seus átomos,intramoleculares , mas não entre moléculas, intermoleculares.
COMPOSTO NÃO POLAR: um composto que tem moléculas covalentes sem momento dipolar permanente. O metano e o benzeno são exemplos de compostos não polares.
COMPOSTOS ORGÂNICOS: compostos que contém carbono, geralmente combinado com hidrogênio, nitrogênio e enxofre.
COMPOSTO POLAR: um composto que é iônico(NaCl) ou que tem moléculas com um elevado momento dipolar (H2O).
CONSERVANTE: significa qualquer substância capaz de retardar ou impedir o processo de fermentação, acidificação ou outra decomposição do alimento ou de mascarar qualquer evidência desses processos ou de neutralizar os ácidos gerados por quaisquer desses processos.
CORANTE: substâncias usadas para dar cor a tecidos, couro, alimentos, papel, etc. Os compostos usados para tingir são geralmente compostos orgânicos contendo ligações duplas conjugadas.
CORROSÃO: deterioração dos metais por um processo eletroquímico.
CORROSIVO: que corrói, danifica.
CRAQUEAMENTO: é o processo de produzir compostos orgânicos de cadeias menores partindo-se de cadeias maiores, pelo calor.
CRISTAL: Um sólido com formas poliédricas regulares. Todos os cristais de uma mesma substância desenvolvem-se de modo a terem os mesmos ângulos entre suas faces. No entanto, poderão não ter a mesma aparência exterior porque faces diferentes podem desenvolver-se a velocidades diferentes, dependendo das condições. Refere-se a forma externa de um cristal como a forma do cristal. Os átomos, íons e moléculas que formam o cristal tem uma disposição regular e esta é a estrutura do cristal.

D

DETERGENTE: é uma substância que adicionada à água melhora as suas propriedades de limpeza. Os detergentes são compostos que levam estas substâncias não polares a formarem uma solução com água.
DIÁLISE: se refere à difusão de partículas do soluto através de uma membrana semipermeável. A diálise separa pequenas moléculas e íons das grandes moléculas que formam os colóides.
DIATÔMICO: formado por 2 átomos.
DIFRAÇÃO DE RAIOS X: a difração de raios X por um cristal. Os comprimentos de onda dos raios X são da mesma ordem de grandeza das distâncias entre os átomos na maioria dos cristais e o padrão repetitivo da rede cristalina age com uma rede para os raios X.
DIFUSÃO: o processo segundo o qual diferentes substâncias (sólidos, líquidos ou gases) se misturam como resultado do movimento aleatório dos seus componentes: átomos, moléculas ou íons.
DILUIÇÃO: procedimento para preparar uma solução menos concentrada a partir de outra mais concentrada pela adição de solvente.
DILUÍDO: descrição de uma solução que tem uma concentração relativamente baixa de soluto.
DISPERSÃO: sistema constituído por duas ou mais espécies químicas uniformemente distribuídas entre si.

E

EBULIÇÃO: passagem violenta de um liquido a vapor (vaporização rápida) devido ao superaquecimento. As bolhas se formam a uma pressão superior à pressão atmosférica.
EDULCORANTES: é uma substância orgânica artificial, não glicídica, capaz de conferir sabor doce aos alimentos.
ELETRÓLISE: processo que utiliza energia elétrica para realizar uma reação química não espontânea.
ELETRÓLITO: substância que ao ser dissolvida na água, forma uma solução que pode conduzir eletricidade.
ELÉTRON: partícula subatômica que tem uma massa muito pequena e possui uma carga elétrica unitária negativa.
ELEMENTO: uma substância que não pode ser decomposta em substâncias mais simples.Num elemento, todos os átomos têm o mesmo número de prótons e de elétrons, apesar do número de nêutrons poder variar.
ELEMENTOS REPRESENTATIVOS: elementos pertencentes aos grupos 1, 2 e 13 a 17 com sua camada mais externa incompleta.
ELEMENTOS TRANSURÂNICOS: elementos com números atômicos maiores que 92.
EMULSÃO: consiste de um líquido disperso em outro líquido ou num sólido. Exemplo: leite homogeneizado, maionese, etc.
ENANTIÔMEROS: isômeros ópticos, pois apresentam todas as propriedades físicas e químicas iguais, mas desviam o plano da luz polarizada para lados diferentes.
ENFERRUJAMENTO: corrosão do ferro (ou aço) formando-se óxidos de ferro III hidratado. O enferrujamento ocorre na presença tanto de água como de oxigênio.
EQUAÇÃO QUÍMICA: uma forma de representar uma reação química usando os símbolos das partículas participantes (átomos, moléculas, íons, etc...)
ESPESSANTE: substância capaz de aumentar, nos alimentos, a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões.
ESPUMA: é um gás disperso num líquido ou sólido. Exemplo: creme "chantilly".
ESTABILIZANTE: substância que favorece e mantém a características físicas das emulsões e suspensões.
ESTEQUIOMETRIA: as proporções relativas nas quais os elementos formam compostos ou segundo as quais as substâncias reagem.
ÉSTERES: compostos que tem a fórmula R'COOR, onde R'pode ser hidrogênio, um grupo alquila ou arila e R é um grupo alquila ou arila, mas não hidrogênio.
ETANOL: pertence à classe dos álcoois e é solúvel em água em qualquer proporção, pois tem uma parte polar que estabelece pontes de hidrogênio com a água.
ÉTER: composto orgânico que contém o grupo funcional R-O-R', sendo R e R' grupos alquila ou arila.
ÉTER DE PETRÓLEO: uma mistura de hidrocarbonetos incolor, volátil e inflamável, principalmente de pentano e de hexano. Ferve entre 30 a 70 graus Celsius e é usado como solvente.
EVAPORAÇÃO: escape das moléculas desde a superfície de um líquido pelo aumento de sua energia cinética, também se chama vaporização lenta.

F

FAMÍLIA: conjunto de elementos de uma coluna da tabela periódica.
FERMENTAÇÃO: uma forma de respiração anaeróbica que ocorre em certos microorganismos, ex. leveduras. Compreende uma série de reações bioquímicas através das quais o açúcar é convertido em etanol e dióxido de carbono.
FERRO GUSA: a forma impura de ferro produzida num alto forno , que é fundida em lingotes(blocos) para serem convertidos mais tarde em ferro fundido, aço, etc . A composição depende dos minérios usados, do processo de fusão e do fim que será dado aos lingotes.
FLUORESCÊNCIA: emissão de radiação eletromagnética de um átomo ou molécula em particular na região visível, precedida pela absorção de um fóton.
FORMALDEÍDO: ou metanal, é um gás incolor frequentemente usado a 37% (m/v) em solução aquosa, chamada formalina. Nesta forma, ele é germicida e usado como desinfetante e é também um preservativo que endurece tecidos.
FOSFORESCÊNCIA: a emissão de luz (luminescência) permanente após a causa da excitação ter sido removida é chamada fosforescência.
FULERENO: é um alótropo do carbono também chamado de Buckminsterfullerene ou Buckyball (C 60) representado por uma esfera de 60 átomos de carbono distribuídos em 12 pentágonos e 20 hexágonos, semelhante a uma bola de futebol.
FUSÃO NUCLEAR: combinação de núcleos pequenos para formar núcleos maiores.

G

GÁS IDEAL: este gás apresenta moléculas com volume desprezível e forças entre elas também desprezíveis e as colisões entre as moléculas seriam perfeitamente elásticas.
GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO: vários gases de petróleo, principalmente propano e butano, armazenados como líquidos sobre pressão. Pode ser usado como um combustível para motores e tem vantagem de provocar poucos depósitos na cabeça do cilindro.
GÁS NATURAL: uma mistura de gases de hidrocarbonetos que ocorre naturalmente encontrado em rochas sedimentares porosas na crosta terrestre, geralmente em associação com depósitos de petróleo. É constituída principalmente por metano (85%), etano (10%), propano (3%) e butano.
GÁS REAL: suas moléculas ocupam um volume finito, há pequenas forças entre as moléculas e em gases poliatômicos as colisões são até certo ponto inelásticas.
GASES NOBRES: elementos não metálicos do grupo 18 (He, Ne, Ar, Xe e Rn). Com exceção do hélio todos apresentam oito elétrons no último nível, o mais externo.
GEL: é uma dispersão de sólido em líquido, sendo que a quantidade de sólido é bem maior e pode ser obtida por evaporação do líquido. Exemplo: geléias e gelatina.
GRISU: é o gás metano que se forma nas minas de carvão.

H

HIGROSCÓPICO: substância que absorve água do ar.
HIDROCARBONETOS: compostos constituídos somente por carbono e hidrogênio.
HIDROCARBONETOS ALIFÁTICO: hidrocarbonetos que não contém o grupo benzênico ou anel benzênico.
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS: hidrocarbonetos que contém um ou mais anéis benzênicos.
HIDROCARBONETOS INSATURADOS: hidrocarbonetos que contém ligações duplas ou triplas entre átomos de carbono.
HIDROCARBONETOS SATURADOS: hidrocarbonetos que somente contém ligações covalentes simples.
HIDROFÍLICO: substância que é atraída pela água.
HIDROFÓBICO: substância que sofre repulsão quando em contato com a água.
HIGROSCÓPICA: que tem tendência em absorver água.

I

INDICADORES: substâncias, usualmente de origem natural, que apresentam cores diferentes em meios ácidos ou básicos.
ÍNDICE DE OCTANOS: medida da tendência da gasolina em causar detonação.
ÍON: partícula carregada que se forma quando um átomo neutro ou um conjunto de átomos ganha ou perde um ou mais elétrons.
IONIZAÇÃO: é o processo de produção de íons em solução, em reação ou quando átomos ou moléculas recebem energia.
ISOELETRÔNICOS: são íons ou átomos que possuem o mesmo número de elétrons e portanto tem a mesma configuração eletrÔnica no estado padrão.
ISÔMEROS: compostos químicos que têm a mesma fórmula molecular mas diferente estrutura molecular ou diferentes arranjos dos átomos no espaço.
isômeros GEOMÉTRICOS: compostos com o mesmo tipo e número de átomos e iguais ligações químicas, mas diferentes distribuições espaciais de seus átomos.
isômeros ÓPTICOS: compostos que apresentam assimetria molecular, ocorre em alcadienos acumulados, compostos cíclicos com isomeria geométrica trans e quando o composto apresentar carbono assimétrico.
isômeros PLANOS: moléculas que tem a mesma fórmula molecular mas diferentes fórmulas estruturais.

J

JADE: uma pedra dura semipreciosa constituída tanto por jadeíta como nefrite. É apreciada pela sua cor verde translúcida mas também ocorrem variedades brancas, verdes e brancas, castanho e laranja.

L

LEI DA CONSERVAÇÃO DAS MASSAS: num sistema fechado, a massa permanece constante qualquer que seja o fenômeno que se verifique no seu interior. Numa reação química, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos.
LEI DAS PROPORÇÕES DEFINIDAS: amostras diferentes do mesmo composto contém sempre seus elementos constituintes nas mesmas proporções em massa.
LEI DE AVOGADRO: a pressão e temperatura constante o volume de um gás é diretamente proporcional ao número de moles de gás presente.
LEITE: é um líquido branco, opaco e de sabor doce, pouco mais denso que a água. É formado por gorduras (3,5%), proteínas (3,5%), açúcares (4,5%), sais minerais (0,7%) e água.
LIGA: uma mistura de um metal com quantidades determinadas de outros metais ou ametais, preparada quando todos estão fundidos. O bronze é uma liga de de cobre e estanho, enquanto o aço é uma liga de carbono e ferro.
LIGAÇÃO COVALENTE: ligação onde os átomos compartilham elétrons.
LIGAÇÃO COVALENTE DATIVA: também chamada de coordenada. Ligação onde um par de elétrons provêm unicamente de um dos átomos ligantes.
LIGAÇÃO IÔNICA: força eletrostática que mantém os íons unidos em um composto iônico.
LIPÍDIOS: são formados por diferentes tipos de moléculas encontradas nas plantas e nos animais e que se dissolvem em solventes orgânicos não polares como o éter, clorofórmio, benzeno e alcanos.
LIQUEFAÇÃO: a conversão de uma substância gasosa num líquido. Grandes quantidades de gases liquefeitos são usados hoje em dia comercialmente, especialmente gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural liquefeito.
LUMINESCÊNCIA: a emissão de luz por uma substância por qualquer razão sem ser o aumento da sua temperatura. Em geral, os átomos de substâncias emitem fótons de energia eletromagnética quando transitam ao estado fundamental depois de terem estado num estado excitado.
LUZ POLARIZADA EM UM PLANO: luz em que os componentes do campo elétrico e magnético se encontram em planos específicos.

M

MACROMOLÉCULA: qualquer molécula com uma Massa Molecular relativa maior do que cerca de 10000.
MASSA MOLECULAR: a soma das massas atômicas, em unidades de massa atômica (uma), dos átomos que constituem a molécula.
MASSA ATÔMICA: massa de um átomo em unidades de massa atômica.
MASSA CRÍTICA: massa mínima de material requerida para ser fundida e gerar uma reação nuclear espontânea em cadeia.
MASSA MOLAR DE UM COMPOSTO: massa, em gramas ou Kilogramas, de um mol do composto.
MATÉRIA: qualquer coisa que ocupa espaço e possui massa.
MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL: membranas que permitem passar moléculas de solventes em uma solução, mas não de soluto.
METAIS ALCALINOS: o grupo 1 na tabela representado pelos elementos lítio (Li), sódio (Na), potássio (K), rubídio (Rb), césio (Cs) e frâncio (Fr).
METAIS ALCALINOS TERROSOS: o grupo 2 na tabela representado pelos elementos: berílio (Be), magnésio (Mg), cálcio (Ca), estrôncio (Sr), bário (Ba) e rádio (Ra).
METAIS DE TRANSIÇÃO: são os metais do grupo 3 ao grupo 12 que possuem elementos formadores de materiais fortes e duros, que são bons condutores de calor e eletricidade e que têm pontos de ebulição e de fusão muito elevados. Compostos coloridos, paramagnéticos e bons catalisadores.
METALURGIA: é a ciência e a tecnologia de separação dos metais a partir de seus minerais .
METILAÇÃO: uma reação química na qual um grupo metil (CH3 --) é introduzido numa molécula. Um exemplo particular é a substituição de um átomo de hidrogênio por um grupo metil.
MÉTODO CIENTÍFICO: um enfoque sistemático de uma investigação.
MÉTODO DO MOL: tratamento para determinar a quantidade de produto formado em uma reação.
MINÉRIO: material de um depósito mineral em forma suficientemente concentrada para permitir a recuperação do metal desejado. Esse metal geralmente está ligados à átomos de oxigênio.
MISTURA: combinação de duas ou mais substâncias que conservam sua identidade e podem ser separadas através de processos físicos.
MISTURA HETEROGÊNEA: é uma mistura em que os componentes permanecem fisicamente separados , ou seja, apresentam mais de uma fase.
MISTURA HOMOGÊNEA: depois de uma agitação , a composição da mistura é a mesma em toda a solução, ou seja, apresenta apenas uma fase.
MISTURA RACÊMICA: mistura equimolar de dois enantiômeros.
MINERAL: uma substância que ocorre naturalmente que tem uma composição química característica e em geral, uma estrutura cristalina.
MISCIBILIDADE: se diz que dois líquidos que são completamente solúveis entre si, em todas as proporções, são miscíveis.
MOL: quantidade de substância que contém tantas entidades elementares, átomos, moléculas ou outras partículas, quantos átomos existem em 12 gramas do isótopo do carbono-12.
MOLÉCULA: agregado de pelo menos dois átomos, com uma distribuição definida, que se mantém unidos através de ligação covalente.
MONÔMERO: uma molécula ou composto que se junta a outros para formar um dímero, trímero ou polímero.

N

NÊUTRON: partícula sem carga elétrica encontrada no núcleo de todos os átomos(exceto no átomo de 1H).
NOX OU NÚMERO DE OXIDAÇÃO: carga real ou aparente de um átomo.
NÚCLEO: porção central do átomo, carregada positivamente e constituída por prótons e nêutrons.
NÚMERO ATÔMICO: é o número de prótons existentes no núcleo de um átomo.

O

ÓLEO: qualquer dos vários líquidos viscosos que são geralmente imiscíveis com água. As plantas naturais e os óleos animais ou são misturas voláteis de ésteres simples ou são glicerídeos de ácidos graxos. Os óleos minerais são misturas de hidrocarbonetos (Ex. petróleo).
OSMOSE: movimento das moléculas de um solvente através de uma membrana semipermeável na direção da solução mais concentrada.
OSMOSE INVERSA: método de dessalinização que usa alta pressão para forçar a água a passar de uma solução muito concentrada para uma mais diluída através de uma membrana semi-permeável.
ÓXIDO ANFÓTERO: óxido que apresenta tanto propriedades ácidas como básicas.
ÓXIDO BÁSICO: são óxidos formados principalmente pela união do oxigênio com metais, adquirindo características básicas ou alcalinas.
OXIÁCIDOS: ácidos que contém hidrogênio, oxigênio e outro elemento central.

P

PARTES POR MILHÃO: são muito úteis em medidas ambientais, onde concentrações extremamente pequenas de poluentes podem ser significativas. Uma parte por milhão (1 ppm) significa, por exemplo, um miligrama (1 mg) de uma substância misturada em um kilograma (1 kg ) de outra substância.
PARTÍCULA ALFA: ver raios alfa.
PETRÓLEO: é um óleo que ocorre naturalmente constituído principalmente por hidrocarbonetos com alguns outros elementos, como enxofre, oxigênio e nitrogênio. Na sua forma não refinada o petróleo é conhecido como óleo cru.
pH: é o logaritmo negativo da concentração dos íons hidrogênio.
PLASMA: estado da matéria em que um sistema gasoso esta constituído por íons positivos e elétrons.
POLIETILENO: é um polímero de adição produzido a partir do etileno e produz tubos macios, flexíveis e quimicamente resistentes usados para terapia endovenosa e em cateteres para uso prolongado.
POLÍMERO: molécula grande que é formada pela união de moléculas menores - unidades chamadas monômeros - através de uma reação denominada polimerização.
PÓLVORA: um explosivo constituído por uma mistura de nitrato de potássio, enxofre e carvão.
POTENCIAL PADRÃO DE OXIDAÇÃO: voltagem medida quando ocorre uma oxidação em um eletrodo e todos os solutos estão com concentração igual a 1 molar e os gases estão a 1 atmosfera.
PRECIPITAÇÃO: 1. Todas as formas sólidas e líquidas de água que são depositadas pela atmosfera; inclui chuva, chuvisco, neve, graniza, orvalho e geada. 2. a formação de um precipitado.
PRECIPITADO: uma suspensão de pequenas partículas sólidas produzida num líquido por reação química.
PROCESSO EXOTÉRMICO: processo que libera calor para o meio externo.
PROCESSO ENDOTÉRMICO: processo que absorve calor do meio externo.
PRODUTO: substância que se forma como resultado de uma reação química.
PROPRIEDADES MACROSCÓPICAS: propriedades que podemos medir de forma direta, sem a ajuda de instrumentos.
PROPRIEDADES MICROSCÓPICAS: propriedades que não podem ser medidas diretamente sem a ajuda de um microscópio ou outro instrumento especial.
PROPRIEDADE QUÍMICA: qualquer propriedade de uma substância que não pode ser estudada sem ocorrer a transformação de uma substância em outra.
PROTEÍNA: qualquer elemento de um grande grupo de compostos orgânicos que se encontram em todos os seres vivos. As proteínas contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e a maioria contêm também enxofre.
PROTEÍNA DESNATURADA: quando aquecidas ou sujeitas a fortes ácidos ou bases, as proteínas perdem a sua estrutura terciária específica e podem formar coágulos insolúveis. Geralmente as suas propriedades biológicas são desativadas.
PROTEÍNA SIMPLES: proteína que contém somente aminoácidos.
PRÓTON: partícula subatômica que tem uma carga elétrica unitária positiva. A massa do próton é 1840 vezes maior que a massa do elétron.
PONTO DE EBULIÇÃO: temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido se iguala a pressão atmosférica externa.
PONTO DE FUSÃO: temperatura em que existem em equilíbrio as fases sólida e líquida.

Q

QUILATE: uma medida da fineza (pureza) do ouro (Au). O ouro puro é descrito como ouro de 24-quilates. O ouro de 14-quilates contém 14 partes em 24 de ouro, sendo o restante normalmente cobre (Cu).
QUÍMICA ORGÂNICA: ramo da química que estuda os compostos do carbono.
QUIMILUMINESCÊNCIA: é a emissão de luz (luminescência) por uma reação química, como a oxidação lenta do fósforo.
QUIRAL: compostos ou íons em que suas imagens opostas são sobreponíveis

R

RADIAÇÃO: emissão e transmissão de energia através do espaço em forma de ondas.
RADIATIVIDADE: ruptura espontânea de um átomo por emissão de partículas e/ou radiação.
RADICAL: qualquer fragmento de uma molécula que contenha um elétron desemparelhado.
RAIOS ALFA: radiação que corresponde a núcleos de hélio ou íons de hélio com carga positiva +2.
RAIOS BETA: nome dado a um feixe de elétrons.
RAIOS GAMA: radiação eletromagnética de alta energia.
REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO: reação entre um ácido e uma base.
REAÇÃO DE OXIDAÇÃO: semi-reação que implica na doação de elétrons por uma substância ou elemento.
REAÇÃO DE REDUÇÃO: semi-reação que implica recebimento de elétrons por uma substância ou elemento.
REAÇÃO DE SIMPLES TROCA: um átomo ou íon de um composto troca por outro átomo de outro elemento.
REAÇÃO NUCLEAR EM CADEIA: seqüência de reações de fissão nuclear espontânea.
REAÇÃO REDOX: reação onde ocorre transferência de elétrons ou troca dos números de oxidação das substâncias que tomam parte dela.
REAGENTE: substância que é consumida em uma reação química.

S

SAL: composto iônico constituído por um cátion diferente do íon hidrogênio e um ânion distinto da hidroxila ou do oxigênio.
SAPONIFICAÇÃO: a reação de ésteres com bases, com a formação de álcoois e sais de ácidos carboxílicos (sabão).
Serotonina: molécula responsável pela transmissão de impulsos nervosos. Encontrada nos neurônios, sangue e parede dos intestinos. Regula o humor, impetuosidade, sono, libido, apetite, memória, função cardiovascular, contração muscular, agressividade.
SOL: um colóide no qual pequenas partículas sólidas estão dispersas numa fase líquida contínua.
SOLDA: uma liga metálica usada para ligar superfícies de metal, quando aquecida e fundida.
SÓLIDO CRISTALINO: sólido que possue uma rígida organização de seus átomos, moléculas ou íons, ocupando posições bem específicas.
SÓLIDO AMORFO: sólido sem forma, pois necessita de organização tridimensional periódica de seus átomos ou moléculas.
SOLUBILIDADE: quantidade máxima de soluto que se pode dissolver em uma quantidade dada de solvente, a uma temperatura específica.
SOLUTO: substância presente em menor quantidade na solução.
SOLUÇÃO: é uma mistura homogênea formada por um soluto e um solvente.
SOLVENTE: é a substância na qual a dissolução ocorre. O solvente mais conhecido e usado no mundo é a água.
SUBLIMAÇÃO: processo em que as moléculas passam diretamente da fase sólida para a fase de vapor.
SUBSTÂNCIA: forma da matéria que tem uma composição definida ou constante e propriedades que a diferenciam.
SUBSTÂNCIA IÔNICA: espécie química pura que apresenta pelo menos uma ligação iônica, entre metal e não metal ou entre hidrogênio e metal.
SUBSTÂNCIA MOLECULAR: espécie química, cujas ligações entre átomos são exclusivamente covalentes, mas entre suas moléculas podem ser pontes de hidrogênio ou forças de Van der Waals.
SUBSTÂNCIA COVALENTE: espécie química, sujas ligações entre seus átomos são exclusivamente covalentes. Ex: diamante e sílica.
SUSPENSÃO: são misturas de partículas ainda maiores do que as partículas dos colóides. As suspensões são heterogêneas, sedimentam quando deixadas em repouso, e podem ser separadas pelo uso do papel de filtro. A água barrenta contém partículas de solo em suspensão.

T

TEMPERATURA CRÍTICA: temperatura acima da qual não conseguimos liquefazer um gás com aumento da pressão.
TENSÃO SUPERFICIAL: a propriedade de um líquido que o faz comportar-se como se sua superfície estivesse revestida por uma pele elástica.
TRANSMUTAÇÃO NUCLEAR: troca que sofre um núcleo como resultado do bombardeamento com nêutrons ou outras partículas. Mudança de um elemento químico em outro.
Toxina: substância venenosa produzida por seres vivos.

U

UMECTANTE: substância capaz de evitar a perda da umidade dos alimentos.
UNIDADE DE MASSA ATÔMICA: massa exatamente igual a 1/12 da massa de um átomo de carbono 12.
URÂNIO: símbolo U. Um elemento metálico radioativo e branco que pertence aos actíneos. O urânio-235 sofre fissão nuclear com nêutrons lentos e é usado como combustível em reatores nucleares e em armas nucleares.
USTULAÇÃO: processo metalúrgico pelo qual se tratam minérios, especialmente sulfetos, os quais, sob a ação do calor e do oxigênio do ar fornecem o metal e gás sulfuroso.

V

VAPORIZAÇÃO: o escape de moléculas da superfície de um líquido.
VIDA MÉDIA: tempo requerido para que a concentração de um reagente diminua a metade do seu valor inicial.
VIDRO: produto opticamente transparente, obtido da fusão de materiais inorgânicos que foi resfriado a um estado rígido sem cristalizar.
VINHOTO: cada litro de álcool obtido na destilação produz cerca de 12 litros de resíduos da substância não fermentada, os quais recebem o nome de VINHOTO.
VISCOSIDADE: medida da resistência de um fluído ao escoamento.
VOLÁTIL: substância que possui uma pressão de vapor que pode ser medida.
VOLUME MOLAR: é o volume ocupado por um mol de substância.
VULCANIZAÇÃO: processo que consiste em submeter a borracha a um aquecimento (140 graus Celsius) prolongado com enxofre (aproximadamente 7%) em presença de óxidos metálicos. Serve para eliminar inconvenientes da borracha, tais como ser dura e quebradiça no inverno, mole e pegajosa no verão, e macia, não oferecendo resistência à tração e ao desgaste.
Fonte: www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br

ALQUIMIA o início de tudo

A alquimia começou a desenvolver-se por volta do século III a.C., em Alexandria, centro de convergência cultural da época.
O general Alexandre, o Grande, discípulo do filósofo grego Aristósteles, fundou no delta no Rio Nilo, em 372 a.C., a cidade de Alexandria, onde foi criada a maior biblioteca do mundo, na época, com milhares de exemplares, o que atraiu um grande número de pensadores.
A alquimia deve sua existência à mistura de três correntes: filosofia grega, misticismo oriental e tecnologia egípcia. Embora ‘ela nunca tivesse conseguido seu objetivo, - a pedra filosofal , capaz de transformar qualquer metal em ouro -, obteve grandes sucessos na metalurgia, na produção de papiros e na aparelhagem de laboratório.
A Europa só entrou em contato com a alquimia através das invasões árabes, no século VIII, a partir da Espanha, e a sua difusão se consolida quando nobres e religiosos, principalmente os Beneditinos, regressam das Cruzadas. Os árabes invasores fundaram universidades e ricas bibliotecas, que foram destruídas pela fúria das guerras ou pelo trabalho meticuloso da Inquisição Católica e, entre os séculos VIII e XIII, lançaram bases teóricas da alquimia.
Os alquimistas classificaram a medicina e a farmácia como ciências distintas, expondo métodos de preparação de novas substâncias encontradas casualmente durante a procura da pedra filosofal. Eles desenvolveram a técnica da destilação e preparam o ácido nítrico, a água-régia ( mistura de ácido nítrico e clorídrico ), que “dissolve” o ouro, a “pedra infernal” (nitrato de prata), que produz ulcerações no tecido animal, e a potassa cáustica (hidróxido de potássio), que permite a fabricação de sabões moles. Geber, um grande alquimista árabe, foi o primeiro a classificar as substâncias em três grupos, de acordo com suas propriedades: voláteis, combustíveis e refratárias, que são respectivamente formadas por mercúrio, enxofre e sal.
Por causa de suas origens, a alquimia desde sempre apresentou um caráter místico, pois absorveu as ciências ocultas da Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia e Egito. Para representar os metais, os primeiros alquimistas tomaram emprestados do Egito os hieróglifos, que simbolizam as divindades. Os babilônios, por sua vez acreditavam na numerologia: assim como associavam ao número 3 um caráter divino, também relacionavam os sete metais as astros conhecidos na época e representavam esses metais da seguinte maneira:
Em vista dessa associação, pouco a pouco surge idéia de que a produção de metais depende de eflúvios emanados dos astros.
Sempre sob a influência das ciências ocultas do Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades sobrenaturais às plantas, pedras, letras ou agrupamentos de letras, figuras geométricas e números, como o 3, o 4 e o 7, que eram usados como amuletos.
Um reflexo da cultura alquímica nos dias de hoje pode ser identificado quando se pensa que temos a Santíssima Trindade Católica, 4 estações, 4 pontos cardeais, 7 dias, 7 notas musicais, 7 cores no espectro solar etc.
Os alquimistas classificavam os elementos em três grupos, como se pode ver nos dizeres de Paracelso: “Saibam então que todos os sete metais são nascido de uma matéria tripla, a saber: mercúrio, enxofre e sal, mas com coloridos peculiares e distintos”.
Daí a usar fórmulas e recitações mágicas destinadas a invocar deuses e demônios favoráveis às operações químicas foi um passo. Por isso, os alquimistas foram acusados de pacto com o demônio, presos, excumungados e queimados vivos pela Inquisição da Igreja Católica. Não se pode esquecer que os alquimistas da Idade Média viviam numa sociedade que acreditava em anjos e demônios e era subjugada pela poderosa Igreja Católica. Para os leigos, qualquer simples experiência química era considerada obra sobrenatural. Por uma questão de sobrevivência, os manuscritos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos, incompreensíveis aos não-iniciados.
Lentamente, os alquimistas foram se separando da sociedade, formando seitas secretas e seu engajamento era feito através de terríveis juramentos:
Eu te faço jurar pelos céus, pela terra, pela luz e pelas trevas;
Eu te faço jurar pelo fogo, pelo ar, pela terra e pela água;
Eu te faço jurar pelo mais alto dos céus, pelas profundezas da terra e pelo abismo do Tártaro;
Eu te faço jurar por mercúrio e por Anubis, pelo rugido do dragão Kerkoruburus
e pelo latido do Cão de três tetas, Cérbero, guardião do inferno;
Eu te conjuro pelas três Parcas, pelas três fúrias e pela espada
a não revelar a pessoa alguma nossas teorias e técnicas
Nessas condições, os adeptos evitavam publicar os resultados de suas experiências e é provável que, por isso, um grande número de descobertas se tenha perdido. Se, por um lado, foram alcançados muitos progressos de ordem técnica (pólvora de canhão, tintas de impressão e fabricação de papel a partir de trapos), por outro lado, surgiram muitos impostores que chegavam até a vender fórmulas de fabricação da pedra filosofal; por exemplo, Ortholain, em 1358, dava esta receita:
Faz-se durante 12 dias digerir, dentro de esterco de cavalo,
sucos mercuriais de púrpura e de celidônia.
Ao fim desse tempo, obtém-se um suco vermelho.
Esse suco obtido é novamente colocado em esterco de cavalo.
Tal operação deve ser feita com particular cuidado:
deixa-se o esterco nutrir-se com o suco vermelho
até que se torne corpulento e semelhante a um tumor.
Coloca-se a mistura em um frasco tampado e leva-se ao fogo,
logo após de matar o animal que produziu o esterco,
até que todo o material fique reduzido a um fino pó.
Este pó deve ser misturado com óleo de vitríolo (ácido sulfúrico)
até obter-se uma consistência pastosa.
Como teste despeja-se uma parte dessa massa sobre chumbo fundido;
se este se transformar em ouro puro, então a experiência está perfeita
Ao longo do tempo, o caráter mágico foi desaparecendo e a alquimia separa-se da feitiçaria. Nos fins do século XI, ainda na época da Inquisição, muitos alquimistas que trabalhavam para os nobres europeus transformaram em médicos e astrólogos.
No final do século XVI, os últimos alquimistas desapontados e perseguido pela Inquisição e liderados por Rosen Kreutz, formaram uma sociedade, secreta na época e que perdura até hoje: a ordem dos Rosas Cruzes.
Apesar da cobiça pelo ouro ter transformado muitos alquimistas e filósofos em frenéticos especuladores, tanto que alguns chegaram a se transformar em cunhadores de moedas falsas, a alquimia foi responsável pelo grande desenvolvimento dos equipamentos de laboratório e importantíssima para melhorar as técnicas de produção de muitas substâncias químicas.

NOME E ORIGEM DOS ELEMENTOS QUÍMICOS 2

NAlguns elementos já eram conhecidos pelo homem desde a antigüidade, a saber, ouro, prata, cobre, ferro, chumbo, estanho, mercúrio e enxofre. Destes, sete são metais, tendo inclusive surgido uma teoria que tal seria o número máximo possível de metais existentes, cada qual associado a cada um dos corpos celestes então conhecidos.
Ainda no tempo da Alquimia, mais quatro elementos foram conhecidos no estado livre: arsênio, antimônio, bismuto e fósforo.
O assim chamado "arsênico"dos gregos e romanos, consistia em seus sulfetos naturais, um deles o "ouropimenta" (corruptela de "ouropigmento"), nome dado ao mineral constituído de sulfeto de arsênio. Não se sabe ao certo quem primeiro o obteve em estado elementar; costuma-se atribuir o feito a Alberto, o Grande (Albertus Magnus, 1193-1280), dominicano alemão, que obteve o metal pelo aquecimento de ouropimenta com sabão. Paracelsus, no séc. XVI, mencionou um processo de obtenção de arsênio pelo aquecimento do "arsênico" dos antigos com cascas de ovos.
O antimônio, tal como o arsênio, também já era conhecido dos antigos provavelmente só na forma de sulfeto, que era usado para o escurecimento das pálpebras das mulheres. A imperatriz Cleóprata, do Egito, fazia uso desse composto para a pintura das pálpebras dos olhos.
Berthelot acreditava que o antimônio metálico já era conhecido dos antigos caldeus, baseado na análise de um vaso, feito de antimônio quase puro. É possível também que os gregos e romanos já obtivessem antimônio elementar, porém não distinguiam perfeitamente de outros metais, empregando o nome genérico de "chumbo" para aqueles moles, escuros e facilmente fusíveis.
Georgius Agricola, no século XVI, já tinha familiaridade com o antimônio metálico, cuja descrição aparece no seu "De natura fossilium".
Na literatura alquímica existem referências abundantes ao antimônio. A obra mais famosa a respeito é o "Carro triunfal do antimônio", atribuída ao monge beneditino Basilius Valentinus, que teria vivido no século XV. Porém o estilo do trabalho parece demasiado moderno para tal época.
Nicolás Lémery (1645-1715) publicou, em 1707, o seu "Tratado sobre o antimônio", no qual o estuda sobre todos os aspectos, inclusive descrevendo a preparação do antimônio metálico e suas propriedades.
O bismuto metálico já era conhecido no século XV, do qual se tem objetos de arte nos quais aparece esse metal. Os primeiros tipos de imprensa de Gutenberg, deste século, eram de bronze; em torno de 1450, contudo, passou-se a usar tipos de uma liga que possuía bismuto. Paracelsus, em uma de suas obras, fez uma ligeira alusão a esse metal, e Agricola o descreve com muito mais pormenores. No "De re metallica" existem várias receitas para sua obtenção. Agricola considerava o bismuto um metal específico, mas tal não era a opinião vigente na época: a maioria o considerava uma espécie de chumbo. Somente no século XVIII é que sua identidade como um elemento à parte se tornou concensual.
Parece certo que o primeiro a obter o fósforo elementar tenha sido Hennig (ou Henning) Brand, de Hamburgo, alquimista e médico que viveu no século XVII. Foi obtido a partir da urina humana. Trata-se de um capítulo interessante e curioso da história da Química.
No século XVIII vão ser preparados e reconhecidos vários novos elementos. Entre os metais, o cobalto (1735), a platina (1740-1741) , o zinco (1746), o níquel (1757), o manganês (1774), o molibdênio (1781), o telúrio (1782), o tungstênio (1785) e o crômio (1798). Entre os não metais o nitrogênio, o cloro, o hidrogênio e o oxigênio.
No século XIX, vamos encontrar o grande desenvolvimento da Química Orgânica, a qual atrai o interesse de grande número de químicos. Embora um número menor de químicos continuasse se dedicando ao ramo mais antigo, a Química Inorgânica, os resultados desta na época não foram menos importantes, tendo sido descobertos muitos novos elementos, em número maior do que todos os conhecidos até então.
Durante a primeira metade do século foram utilizados os métodos químicos típicos do momento, principalmente por Berzelius e seus discípulos, nos trabalhos que resultaram na descoberta de diversos elementos químicos. Humphry Davy (1778-1819), utilizando o fenômeno da eletrólise, isolou o sódio, o potássio, o cálcio, o magnésio, o bário e o estrôncio. O isolamento do sódio e do potássio forneceu aos químicos uma ferramenta formidável para o isolamento de outros elementos. O próprio Davy empregou o potássio para reduzir o ácido bórico a boro. Berzelius utilizou o método de fusão de potássio com óxidos metálicos para isolar o silício (1824), o zircônio (1824), o titânio (1825) e o tório (1828). Da mesma forma, Antoine-Alexandre-Brutus Bussy (1794-1882) obteve magnésio (1831) (Davy o havia obtido antes, por eletrólise, em quantidade muito pequena) e berílio (1828), também isolado ao mesmo tempo por Friedrich Wohler (1800-1882).
Neste período também foram descobertos quase todos os metais do grupo da platina e completada a família dos halogênios, com exceção do flúor, extremamente reativo, só isolado em 1886 por Henri Moissan (1852-1907) e, naturalmente, do astatínio, elemento sintético. Também foi iniciado o estudo das terras raras, principalmente por Johann Gadolin (1760-1852), Carl Gustav Mosander (1797-1858) e Berzelius; porém, os primeiros metais lantanídios isolados só o foram quase no final do século, por Carl Auer von Welsbach (1858-1929) e outros.
A descoberta de um elemento novo por métodos puramente químicos, requeria uma quantidade razoavelmente grande do elemento no material onde ocorria. Desde que alguns elementos mais raros ocorrem em quantidades muito pequenas nos minerais, a probabilidade de serem descobertos pelos métodos clássicos era muito pequena, a menos que houvesse suspeita de sua existência. Esta situação se alterou com a descoberta, em 1859, da análise espectroscópica. Nesse ano, Robert Bunsen (1811-1899), que havia deixado de trabalhar em Química Orgânica, iniciou o estudo sistemático das cores que os diferentes elementos conferiam à chama. Bunsen trabalhou com o físico Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), constituindo em um dos primeiros trabalhos em colaboração deste tipo, entre químicos e físicos.
Já em 1758, Andreas Sigismund Marggraf (1709- 1782) havia notado as cores que os sais de sólido e de potássio conferiam à chama. Em 1822, o astrônomo Herschel (1792-1871) observou a existência de linhas brilhantes e de espaços escuros nos espectros de tais chamas. Bunsen e Kirchhoff construíram um instrumento novo, o espectroscópio, com o qual podiam localizar tais raias com precisão. Demonstraram que cada elemento possuía linhas características, que não eram afetadas pela presença de outros elementos, e também que bastavam quantidades diminutas do elemento para produzir seu espectro. Com tal instrumento passou-se a dispor de um método, de sensibilidade nunca antes atingida, para indicar a presença de elementos desconhecidos em minerais. Convém aqui abrir um parênteses e citar algumas observações mais antigas relativas à espectroscopia. No século XVI, o alquimista Leonhard Thurneysser (1531-1596) já havia percebido o fato de que várias substâncias conferiam cores características à chama. Thomas Melvill, em 1752, observou a cor amarela da chama da "solda". Wollaston, em 1802, observou bandas discontínuas ao examinar a chama de uma vela através de um prisma. Joseph Fraunhofer, em 1814, construiu um finíssimo prisma, com o qual descobriu as raias escuras do espectro solar. Henry Fox Talbot, em 1834, distinguiu o lítio do estrôncio com o auxílio de um prisma.
Bunsen e Kirchhoff, usando seu espectroscópio, descobriram dois novos metais alcalinos, o césio (1860) e o rubídio (1861), nomes que lhes foram dados em virtude das bonitas linhas azuis e vermelhas dos respectivos espectros.
No século XIX, não apenas foram descobertos vários elementos novos, mas também foram feitas determinações mais precisas dos pesos equivalentes e atômicos dos diferentes elementos. O trabalho mais cuidadoso nesse campo, foi o realizado por Jean Servais Stas (1813-1891), em Bruxelas. Porém, ainda persistiu por muito tempo uma confusão entre peso atômico e peso equivalente, conseqüência do não entendimento preciso da diferença entre átomo e molécula, em particular em relação aos corpos simples. Nem o próprio Berzelius percebeu isto.
Este passo foi dado ainda cedo no século XIX, por Lorenzo Romano Amadeo Avogadro (1776-1856), mas sua lúcida proposta ficou esquecida por quase 50 anos . Para tal esquecimento muito deve ter contribuído Berzelius, que não aceitou a hipótese de Avogadro, uma vez que uma das conseqüências dessa hipótese era contraditória com a teoria dualística da afinidade de Berzelius. É curioso que J.B.A. Dumas (1800-1884), em 1832, desmentiu a hipótese de Avogadro, a partir de experiências que fez com vapores de enxofre, fósforo, arsênio e mercúrio, o que é curioso, pois escolheu justamente espécies de comportamento anômalo, que muito divergem da conduta ideal dos gases.
A confusão entre peso equivalente e peso atômico e a não distinção clara entre átomos e moléculas, gerou uma confusão na Química durante toda a primeira metade do século XIX. Urgia repensar os conceitos fundamentais. Foi para isto que Friedrich August Kekulé (1829-1896), Karl Weltzien (1813-1870) e Charles Wurtz (1817-18840 organizaram uma reunião em Karlsruhe, em 1860, que veio a ser o primeiro congresso internacional de Química. Nesta reunião, a contribuição realmente expressiva foi a de Stanislao Cannizzaro (1826-1910), Professor de Química da Universidade de Gênova. Cannizzaro estava muito bem familiarizado com as idéias de seu patrício Avogadro, e as vinha empregando regularmente em seus cursos. Durante o Congresso, Cannizzaro defendeu as idéias de Avogadro. Num trabalho de Cannizzaro, distribuído por um amigo seu no final da reunião, era revisado o desenvolvimento histórico dos conceitos de átomo e molécula, empregando-se a hipótese de Avogadro. Cannizzaro empunha os resultados da aplicação da hipótese, a saber, adotava como unidade de referência para os pesos atômicos o peso de meia molécula de hidrogênio. Assim, construiu uma tabela corrente de pesos moleculares de muitos compostos.
A partir deste congresso, os químicos foram rapidamente aceitando a diferença entre átomos e moléculas, assim como a tabela moderna de pesos atômicos, baseada nessa diferença, eliminando a confusão entre peso atômico e peso equivalente. Talvez o químico mais influente, entre os prontamente convertidos às idéias de Avogadro, tenha sido Lothar Meyer que em 1864 publicou em Breslau o livro "Die Modernen Theorien. du Chimie und ihre Bedeutung für die Chemiche Statik", baseado naquelas idéias, e que se tornou popular entre os químicos.
Embora os fundamentos da Química estivessem sendo assim aos poucos assentados, ainda faziam falta regras que sistematizassem o comportamento dos diferentes elementos.

A organização dos elementos químicos

A primeira tentativa de generalização das relações entre os elementos, só foi possível quando já tinha sido descoberto um grande número deles. No princípio do século XIX já se conhecia um número suficiente para se destacar dentre eles alguns grupos assemelhados: os halogêneos, os metais alcalinos e os metais do grupo da platina mostravam bem essas analogias. Também a determinação dos pesos atômicos por Berzelius, ofereceu um conjunto de números, a partir dos quais se podia tentar alguma espécie de classificação. Johann Wolfgang Dobereiner (1780-1849) foi o primeiro a empreender essa tarefa, em 1829, quando chamou a atenção para a existência de grupos de três elementos, com propriedades químicas semelhantes, que chamou de tríades. Exemplos: cloro, bromo , iodo; cálcio, estrôncio, bário; enxofre, selênio, telúrio; ferro, cobalto, manganês.
Em cada tríade, o peso atômico do átomo central é aproximadamente a média aritmética daqueles dos extremos.
Dumas ampliou estas observações, mas tal teoria só tinha valor classificatório, não permitindo previsões. Ademais, enquanto houvesse a confusão entre pesos equivalentes e atômicos, não poderia haver muito progresso em qualquer classificação baseada nesta última propriedade. Depois que esta questão ficou bem assentada, puderam surgir propostas mais elaboradas a respeito.
Em 1862 e 1863, o geólogo francês A. E. Béguyer de Chancourtois (1819-1886), ordenou os elementos conforme seus pesos atômicos, segundo uma disposição helicoidal (hélice telúrica), verificando que elementos assemelhados caíam sobre uma mesma geratriz do cilindro envolvente da hélice. Em 1864 seu trabalho ainda permanecia ignorado.
John Alexander Reina Newlands (1837-1898), ordenando os elementos em ordem crescente de seus pesos atômicos, observou que, em geral, todos aqueles pertencentes ao mesmo grupo se dispunham sobre linhas horizontais, sempre que, a cada oito elementos escritos, o oitavo iniciasse uma nova coluna. Newlands, que possuía uma formação musical, chamou a este comportamento de "lei das oitavas". Sua proposta foi ridicularizada.
Tanto na construção de Chancourtois, quanto na de Newlands, está implícita a idéia de periodicidade das propriedades dos elementos.
A lei periódica, em formulação explícita, foi enunciada quase simultaneamente por Lothar Meyer e por Dimitri Ivanovich Mendeleiev (1834-1907). Ambos desenvolveram suas idéias quando preparavam seus livros. O de Meyer, "Modernas teorias da química", continha o germe de sua hipótese, a partir do qual ampliou suas idéias até que, em 1868, elaborou a tabela numa forma quase definitiva. Não a publicou até 1870, depois do aparecimento da versão de Mendeleiev. Este construiu sua tabela quando sistematizava as idéias para seu famoso livro "Princípios de Química"(São Petersburgo, 1868-1870), do qual foram feitas numerosas edições em russo, alemão, inglês e francês. Logo após o aparecimento do artigo em russo, onde propunha a tabela, surgiu uma tradução alemã. É possível que Meyer tivesse modificado um pouco sua versão da tabela, depois de conhecer a de Mendeleiev, e também é provável que este fosse influenciado pela de Meyer em sua versão posterior. Contudo, ambos têm seu mérito.
Ambos ordenaram os elementos segundo seu peso atômico em ordem crescente, e observaram a recorrência de suas propriedades. Meyer chamou a atenção em particular para a periodicidade das propriedades físicas (ex. volume atômico) e Meleleiev se concentrou mais nas químicas. Ambos deixaram espaços vagos para serem encaixados elementos ainda não conhecidos. Mendeleiev foi mais ousado, prevendo as propriedades desses possíveis elementos ainda não conhecidos.
Quando em 1874, Lecoq de Boisbaudran (1838-1912) descobriu espectroscopicamente o gálio, Mendeleief mostrou que se tratava do eka-alumínio previsto por ele; em 1879, Lars Fredrik Nilson (1840-1899) descobriu o escândio, que Per Theodore Cleve (1840-1905) demonstrou ser o eka-boro. Em 1885, Clemens Alexander Winkler (1838-1904) isolou o germânio, cuja posição na tabela, duvidosa por algum tempo, foi demonstrada pelo próprio Winkler que era a do eka-silício. Todas essas concordâncias conferiram um grande prestígio à tabela periódica.
A tabela, em sua versão original, não era perfeita. Havia, por ex., a inversão entre o iodo e o telúrio. Isto só foi solucionado no século XX, quando se demonstrou que a periodicidade se dava não em relação ao peso atômico, mas em função de uma grandeza mais fundamental, o número atômico, descoberto por H.G.F. Moseley. Também parecia inicialmente não haver lugar para mais nenhuma família. Por isso, foi grande a surpresa quando se descobriu uma família nova, a dos gases nobres.

A descoberta dos gases nobres

Em 1892, John William Strutt, Barão de Rayleigh (1842-1919), percebeu que o "nitrogênio" obtido por separação de todos os demais gases conhecidos do ar, tinha maior densidade do que o nitrogênio preparado a partir dos seus compostos. William Ramsay (1852-1916) suspeitou da presença de algum novo gás no primeiro caso. Fez passar nitrogênio atmosférico sobre magnésio incandescente, separando assim aquilo que era realmente nitrogênio autêntico. Restou uma pequena quantidade de um gás inativo. Isto o fez recordar de uma experiência feita por Cavendish, em 1785 (!), quando produziu repetidas vezes faíscas elétricas através de misturas de ar atmosférico e oxigênio, em quantidades convenientes, o que resultava no consumo quase completo dos gases; após a separação dos produtos de reação, Cavendish encontrou uma pequena quantidade de ar residual, "não maior do que 1/120 do total". Lord Rayleigh repetiu a experiência e confirmou os resultados de Cavendish. Trabalhando com grandes quantidades de ar, Rayleigh e Ramsay, conjuntamente, isolaram em 1895 um novo gás, o qual demonstraram que não se combinava com nenhum outro elemento. Recebeu o nome de argônio, ou preguiçoso.
Ramsay então se lançou à procura de uma fonte mais abundante do novo gás. W.F. Hillebrand (1853-1925), havia examinado certos minerais de urânio, nos Estados Unidos, dos quais havia obtido um gás inerte que havia suposto tratar-se de nitrogênio. Ramsay obteve um pouco desse gás e comprovou que não se tratava, na sua maior parte, nem de nitrogênio, nem de argônio. O exame espectroscópico conduziu a um resultado extremamente curioso: possuía uma linha espectral idêntica a uma que, em 1868, os astrônomos P.J.C. Jansen (1824-1907) e J.N. Lockyer (1836-1920) haviam observado no espectro solar. Na ocasião, Lockyer havia opinado que tal raia, que não se ajustava a de nenhum elemento então conhecido, deveria estar associada a um elemento novo existente no Sol e desconhecido na Terra, para o qual propôs o nome de ‘hélio". Agora tal elemento era encontrado em nosso planeta!
Não parecia haver lugar para esses novos elementos na tabela periódica. Por fim, Ramsay se aventurou a sugerir a criação de uma nova família, o grupo zero, formada por elementos de valência nula. Mas, uma nova família implicava na existência de ainda outros elementos, cuja busca logo se iniciou. De pronto foram descobertos o criptônio, o neônio e o xenônio, por Ramsay e seu assistente Morris William Travers (1872-1961), em 1898, por meio da destilação fracionada do ar líquido. O último dos elementos da família foi isolado em 1900, a partir do tório, por Lord Rutherford (1871-1937). No início foi chamado de "emanação". Posteriormente foi identificado como memboro da família dos gases nobres, pelo próprio Rutherford e por Frederick Soddy (1877-1956), sendo denominado radônio.
A sistematização das químicas inorgânica e orgânica estava quase concluída nos fins do século XIX. Ambas haviam se desenvolvido por métodos quase que puramente químicos, pois os primeiros avanços da Físico-Química, que ocorreram nesse século, pouca influência tiveram sobre os restantes domínios da Química. A descoberta da estrutura dos átomos, que ocorreu no início do século XX, não apenas deu um novo impulso às químicas inorgânica e orgânica, como contribuiu para uni-las à Físico-Química. Esta união, que só iria ocorrer com mais intensidade com o avançar do século XX, iria produzir novos e bons frutos.

NOME E ORIGEM DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

O NOME DOS ELEMENTOSAté a Idade Média, apenas 9 elementos eram conhecidos: ouro, prata, estanho, mercúrio, cobre, chumbo, ferro, enxofre e carbono. Os símbolos desses elementos são derivados dos seus nomes em latim: aurun(“amarelo”), argentum(“brilhante”), carbon(“carvão”, stanum(“fácil de fundir”), etc.
O elemento mercúrio e o planeta homônimo receberam o nome de um deus mitológico. Os antigos associavam os elementos aos planetas e aos deuses. Mercúrio era o deus grego associado à rapidez, à astúcia e aos exercícios ginásticos.

Em 1787, o famoso químico francês Lavoisier sugeriu que os novos elementos a serem descobertos deveriam receber nomes associados às suas propriedades. Nos 125 anos que se seguiram, muitos nomes de elementos foram criados segundo essa recomendação. Alguns nomes vêm do grego: hidrogênio(hydros-gen, “gerador de água”), oxigênio(oksys-gen, “gerador de ácidos”), nitrogênio(nitron-gen, “gerador de salitre”), bromo(bromos, “mau cheiro”) e argônio(a-ergon, “não reage”).

Certos nomes foram dados referindo-se à cor das substâncias formadas pelo elemento. Exemplos: cloro(do grego khloros, “amarelo-esverdeado”), iodo(do grego iodes, “violeta”, irídio(de íris, “a deusa grega mensageira que vinha à Terra pelo arco-íris, apresentam várias cores), ródio(do grego rhodon, “rosa”) e cromo(do grego khroma, “cor numa alusão às muitas cores dos compostos do metal).
Alguns elementos, contrariamente à sugestão de Lavoisier, tiveram seus nomes associados
a planetas, figuras mitológicas, superstições ou lugares.
Entre os nomes de origem celeste, temos: hélio(sol), telúrio(terra), selênio(lua), urânio( o planeta Urano fora descoberto poucos anos antes do elemento). Os dois elementos cujos números atômicos se seguem ao urânio foram chamados de netúnio e plutônio, numa alusão aos planetas Netuno e Plutão. O elemento cério tem esse nome por causa de Ceres, o primeiro asteróide a ser descoberto, o que acontecera dois anos antes do descobrimento do elemento(Ceres era a deusa romana do milho e da colheita).
Como nomes provenientes de entidades mitológicas, além de mercúrio(e do cério, indiretamente), podemos cotar; promécio(de prometeu, personagem da mitologia grega); venádio(de variadis, deusa escandinava da beleza); titânio(de Titãs, os primeiros filhos da terra); nióbio e tântalo(Níobe era filha de Tântalo, na mitologia grega, o nióbio foi encontrado na mesma rocha que o tântalo e se parece muito com ele) e tório(de thor, o deus escandinavo da guerra).
O nome colbato vem de Kobold, espírito demoníaco germânico que se dizia estar presente quando a mineração do cobre dava baixos rendimentos. A palavra níquel deriva de Nickel, palavra alemã para “diabo”.
Como exemplos de elementos que homenageiam lugares, podemos citar: amerício(América), califórnio(Califórnia), germânio(Alemanha), etc.
E, como exemplos de elementos, cujos nomes, homenageiam pessoas: einstênio(Albert Einstein); mendelévio(Dmitri Mendeleev); etc.
A diversidade dos nomes dos elementos nos mostra alguns interessantes aspectos da história da Química. Examiná-los nos permite entender como os interesses dos cientistas e sua maneira de ver o mundo mudaram com o passar do tempo.

Prof. Ms. Luiz Molina Luz

ORIGEM DO UNIVERSO VISÃO GREGA

Os mitos gregos, justamente por serem mitos, possuem variadas versões (dependendo do autor) e até mesmo suas contradições. Tentarei, portanto, simplificar as coisas, passando para vocês os conhecimentos que obtive durante minha vida sobre o assunto, tendo como base os contos infantis que foram os primeiros contatos que tive com este assunto tão encantador.
Meus primeiros livros sobre mitologia – aqueles que ganhei a partir dos 7 anos de idade – são livros que faziam parte da coleção Mitologia Grega dos Irmãos Stephanides, e eram recomendados pelo Ministério da Educação da Grécia como leitura escolar complementar. Estes livros belíssimos, com ilustrações coloridas e extremamente agradáveis aos olhos, foram publicados aqui pela Ediouro.
Mas vamos ao que interessa. A criação do mundo.
Caos. Este é o nome do deus que os gregos antigos acreditavam ser responsável pela criação do mundo. Esta divindade rudimentar, vivia sozinha, em um completo vazio, uma escuridão disforme, o nada, o Caos.
Alguns autores dizem que primeiro, o Caos criou a Noite (Nix) e o Dia (Érebo) e outros dizem que foi a Terra. Mas alguns (e esta é iunha versão preferida) dizem que tudo fora criado ao mesmo tempo, proveniente daquela massa disforme chamada Caos, que continha o tudo e o nada ao mesmo tempo. ( Mais adiante contarei a história de Nix e Érebo, que é bastante interessante também)
O fato é que, em determinado momento, a Terra fora criada. E ela era lindíssima. cheia de vida e alegria. Mas o Caos também continha o pavoroso Tártaro.  Um reino sombrio e escuro que se encontrada nas profundidades da Terra. Afinal tudo tem seu lado positivo e negativo, não é mesmo?
Foi da Mãe-Terra que nasceu Ágape, uma deusa que representava o amor puro, o amor divino. Ágape semeou a beleza da vida pela Terra, dando a luz a este céu de infinita beleza que cobre nossas cabeças, montanhas e os mares.
Para os gregos, todas essas coisas eram deuses, porém o mais poderoso de todos era Urano, o Céu. Este deus reinava sobre todos os outros deuses, e tendo coberto a Terra com seu infinito manto azul, a desposou, e desta união nasceram os titãs.
Os titãs eram dotados um poder incrível. Um deles era Oceano, que se espalhou sobre a Terra gerando rios e lagos.
Dois dos filhos e Urano, os titãs Hipérion e sua esposa Téia foram os pais de três lindos deuses: Hélio (o sol), Aurora e a Lua. Outro filho de Urano era Cronos, o tempo.
Urano também concebeu os Ciclopes, gigantes de um olho só, que possuíam poderes sobre o fogo, as tempestades e trovões. Viviam no alto de uma montanha, um vulcão, onde mantinham sua chama acesa e forjavam armas.  Entre os filhos de Urano estavam também os poderosos gigantes de cem mãos.
Estes últimos, em determinado momento, desrespeitaram o pai Urano, que por sua vez, enfurecido os exilou para as profundezas do Tártaro junto com outros titãs.
Um dos titãs, Cronos, que sonhava em silêncio em se tornar o senhor de todas as coisas, aproveitou a deixa, e, se baseando nos erros de seu pai,se revoltou contra este. Se armou de uma foice, e foi atrás de Urano. Ao encontrá-lo adormecido, deu um golpe em Urano que o feriu gravemente. Uranos não poderia então ter mais filhos e Cronos tomou o poder. Urano porém o amaldiçoou dizendo “que um dia seus filhos façam a você o que acaba de fazer com seu próprio pai.”
Cronos libertou das profundezas alguns de seus irmãos, com quem poderia contar mais tarde. Mas lá deixou os gigantes de cem mãos por não confiar neles. O ato de crueldade de Cronos, fez com que muitos deuses ficassem contra ele, e foi em seu reinado que surgiu o mal no mundo. Mas o resultado disso, conto em um próximo post, onde vocês ficarão sabendo da origem de Zeus e outros deuses olímpicos.

tabelas periódicas






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