"Amo como ama o amor.Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.Que queres que te diga,além de que te amo,se o que quero dizer -te é que te amo."
Fernando Pessoa

sábado, 16 de abril de 2011

Faculdade de Lisboa e o Proton

Afinal o protão é mais pequeno do que se pensava!
Equipa do Dep. de Física participa em descoberta fundamental
Uma equipa internacional na qual participam sete investigadores do Departamento de Física faz descoberta fundamental que contraria anteriores previsões da Electrodinâmica Quântica.
Este é um resultado surpreendente e foi obtido numa experiência que atingiu um nível de precisão sem precedentes.
O resultado foi publicado esta semana (7-Jul-2010) na prestigiada revista científica "Nature", sendo mesmo o tema de capa.
O contexto
O protão é um dos constituintes básicos do átomo. Ao estudar a espectroscopia de uma forma exótica de hidrogénio as experiências mostraram que afinal o protão é na realidade mais pequeno do que se pensava. O valor obtido nesta experiência para o raio do protão é dez vezes mais preciso mas, surpreendentemente, 4% menor do que o valor assumido até agora. As consequências desta discrepância estão ainda por esclarecer, não se sabendo actualmente qual o alcance das suas implicações na Física podendo, no limite, vir a questionar a validade de uma das teorias fundamentais mais sólidas ou fazer alterar o valor da constante física fundamental de maior precisão.
A equipa portuguesa, coordenada pelo Prof. Joaquim Santos do Centro de Instrumentação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, foi responsável pelo sistema de detecção de Raios X, um dos sistemas pilares da experiência, e teve um papel importante no desenvolvimento do sistema de aquisição e processamento dos sinais desses detectores.
Desde os anos 70 que investigadores do Paul Scherrer Institute, na Suíça, perseguiam o objectivo de determinar o raio do protão utilizando hidrogénio muónico. Foram, no entanto, necessários 40 anos para que a concepção dessa ideia pudesse vir a ser materializada, devido ao facto de terem que ser ultrapassados muitos desafios técnicos e experimentais, entre as quais o facto de o muão ser uma partícula instável e sobreviver apenas durante cerca de 2 milionésimos de segundo. A concretização deste sonho foi finalmente possível com a agregação de várias equipas em que cada uma contribuiu com a sua especialização nas áreas de Física de Aceleradores, Física Atómica, Física dos Lasers e Física dos Detectores de Radiação.


ver in Público (www.uc.pt/fctuc/noticias_ficheiros/noticias_ficheiros_documentos/Publico_-_Nature.pdf)

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