"Amo como ama o amor.Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.Que queres que te diga,além de que te amo,se o que quero dizer -te é que te amo."
Fernando Pessoa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

BIOLOGIA: curiosidades ERVILHAS...MAIS.... ERVILHAS

BIOLOÇIA: CURIOSIDADE sempre ERVILHAS
Textura da semente: por que algumas sementes são lisas e outras, rugosas?
O conhecimento acumulado ao longo do século XX permitiu-nos compreender por que as sementes de ervilhas podem ser lisas ou rugosas. As sementes de ervilhas são lisas quando parte substancial da glicose, contida nos cotilédones, é transformada em moléculas grandes e ramificadas de amido. As sementes rugosas não conseguem produzir esse tipo de amido e, em lugar dele, acumulam sacarose. Assim, as células dos cotilédones dessas sementes têm pressão osmótica maior e, conseqüentemente, acumulam grande quantidade de água ao longo do desenvolvimento da semente. Com o amadurecimento, os cotilédones das sementes rugosas perdem o excesso de água e encolhem, o que provoca o enrugamento da casca. As sementes lisas têm pressão osmótica menor, pois o amido, diferentemente da sacarose, é insolúvel; por isso elas não acumulam tanta água quanto as rugosas. Quando as sementes lisas amadurecem, seus cotilédones mantêm-se praticamente inalterados em tamanho e, por isso, a casca não enruga.
O alelo A que condiciona a forma lisa da semente de ervilha é um segmento de DNA, com 3,3 mil pares de nucleotídeos, responsável pela síntese de uma proteína enzimática chamada SBE-I (do inglês Starch Branching Enzyme, ou enzima ramificadora do amido), indispensável à síntese do amido ramificado nos cotilédones. Esse segmento de DNA está presente nas ervilhas rugosas, em uma forma alterada pela inserção de um segmento de DNA com 800 pares de bases (a). Esse alelo, ou seja, essa versão alterada do gene, com 4,1 mil pares de nucleotídeos, não produz a enzima e, por isso, no caso de a planta só possuir esse tipo de alelo, ela se torna rugosa, como explicado anteriormente. Fazendo uma analogia, poderíamos imaginar o gene SBE-I como um livro de receitas: o alelo normal (A) seria a receita correta, enquanto o alelo mutante (a) teria algumas páginas a mais, provenientes de um outro livro; não seria possível fabricar o produto final desejado com base nessa receita alterada.



Amabis, J.M., Miyaki, C.Y., Mori, L. & Silveira, R.V.M.
Trecho extraído do material PEC - Construindo Sempre. Vol. 1 – Biologia.
Disponível em http://www.ib.usp.br/~rodrigo/pec.htm

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